Depois
da clamorosa derrota de uma das medidas mais emblemáticas de
Donald Trump, a Administração liderada pelo mesmo assinou uma ordem
executiva deitando por terra as políticas ambientais de Barack
Obama, dando prioridade aos combustíveis fósseis.
Com
efeito a derrota das políticas que visavam substituir o Obamacare
deram algum alento a quem ainda acalenta a esperança de que nada
disto - leia-se Donald Trump - será tão mau como se suporia. O
Trumpcare que se preparava para atirar milhões de americanos para
uma situação de maior fragilidade ou até para a morte acabou no
caixote do lixo.
No
entanto, Trump volta à carga e desta feita atacando políticas
ambientais, apostando no seu retrocesso. Ou seja tudo o que Obama fez
- ainda muito insuficiente - será revertido por Donald Trump. Já se
sabia, de resto, que as alterações climáticas são "uma
invenção dos chineses" e o responsável máximo nesta
Administração pelo ambiente considera que o aquecimento global não
tem como principal responsável o Homem.
Deste
modo, esperar que a mediocridade da nova Administração seja
suficiente para a inibir de adoptar medidas verdadeiramente
desastrosas é, no mínimo, ingenuidade. Alimentar a esperança de
que o pior já terá passado é um erro de percepção: o pior ainda
está para vir e virá sob a forma de destruição ambiental. As
políticas agora adoptadas por esta Administração não são apenas
irresponsáveis, são criminosas e os seus efeitos serão mais
notórios no médio e longo prazo - não serão notadas hoje ou
amanhã, o que fomenta a percepção de que o pior já terá passado.
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