O
ainda
Presidente
do Eurogrupo – o mesmo cujo nome nos obriga a recorrer
incessantemente à função copia e colar –
e pertencente ao partido que sofreu a mais humilhante derrota nas
eleições holandesas, acusou os Europeus do sul de gastarem o seu
dinheiro em “copos e mulheres” e depois “pedirem ajuda”.
As
declarações feitas a um jornal alemão centram-se igualmente na
alegada social-democracia de Dijsselbloem,
onde
a solidariedade se confunde com xenofobia, sexismo e imbecilidade.
Contudo,
importa lembrar que Dijsselbloem
não
está sozinho, tendo
contado
com a companhia de Passos Coelho, Maria Luís Albuquerque, já para
não falar de Schaüble, ministro das Finanças alemão. Este alegre
grupinho fez da austeridade uma espécie de texto sagrado no qual a
culpa sempre recaiu sobre os trabalhadores, os desempregados, os
pensionistas – os tais que viveram acima das suas possibilidades,
os tais que gastam tudo o que têm em
copos e mulheres.
Dijsselbloem,
à
semelhança dos restantes membros do alegre grupinho da austeridade
insistem numa retórica gasta que não colhe junto de muitos europeus
e Dijsselbloem
devia
ter
noção
disso mais do que ninguém, ele que vai andar a pedir esmolinhas para
se aguentar à frente do Eurogrupo; ele que faz parte da
social-democracia aldrabada que tanto foi castigada pelos holandeses.
As
afirmações de Dijsselbloem
revelam
uma criatura pequena e preconceituosa, em fim de vida. No entanto
essas afirmações enquadram-se num contexto mais alargado de outras
criaturas que, à semelhança de Dijsselbloem,
nos
têm acusado de sermos culpados pela situação em que nos
encontramos, entre os quais se incluem Passos Coelho e o que resta do
seu séquito.
Quanto
a Dijsselbloem,
rua!
É esse o caminho. E “copy-paste”, abençoado sejas.
Comentários