Avançar para o conteúdo principal

Coreia do Norte

A Coreia do Norte tem sido notícia pelas piores razões: desde o assassinato do irmão mais velho de Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, até ao lançamento de mísseis que inquietam dos países vizinhos, designadamente a Coreia do Sul que agora também se vê a braços com uma crise política em consequência da destituição da Presidente, e o Japão que já teve mais certezas relativamente ao apoio americano, designadamente desde a tomada de posse desta nova Administração.
Existe uma tensão permanente naquela região e a instabilidade que o líder da Coreia do Norte revela, agora até com relações diplomáticas deterioradas com países como a Malásia, em consequência do assassinato do irmão, não augura nada de bom. Sendo certo que a dita instabilidade não é propriamente novidade, mas a mesma associada a situações concretas de demonstração militar, inquietantes sobretudo para os países vizinhos, tem tido o condão de aborrecer até aqueles países que tradicionalmente não se opõem ao regime norte-coreano, designadamente a China.
Resta saber até que ponto esta nova Administração está de facto empenhada numa futura guerra, que parece corresponder às profecias e até aos desejos de Steve Bannon. A Coreia do Norte poderia ser uma boa candidata e razões não faltam para que os EUA possam justificar uma acção dessa natureza: a salvaguarda dos aliados Coreia do Sul e Japão; as constantes provocações norte-coreanas com o lançamento de mísseis ao alcance, pelo menos dos países vizinhos; o afastamento da China da Coreia do Norte; e, claro, uma guerra, convenientemente justificada, permitiria à Administração que mais tem estado debaixo de fogo recuperar algum fôlego e desviar as atenções do desastre que está a provocar nos EUA.

É também evidente que os países vizinhos da Coreia do Norte serão os primeiros alvos de retaliação, assim como os militares americanos estacionados na região, perto de 15 mil. Mas que uma guerra dava jeito, dava e que a Coreia do Norte lá se põe a jeito, lá se põe.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Mais uma indecência a somar-se a tantas outras

 O New York Times revelou (parte) o que Donald Trump havia escondido: o seu registo fiscal. E as revelações apenas surpreendem pelas quantias irrisórias de impostos que Trump pagou e os anos, longos anos, em que não pagou um dólar que fosse. Recorde-se que todos os presidentes americanos haviam revelado as suas declarações, apenas Trump tudo fizera para as manter sem segredo. Agora percebe-se porquê. Em 2016, ano da sua eleição, o ainda Presidente americano pagou 750 dólares em impostos, depois de declarar um manancial de prejuízos, estratégia adoptada nos tais dez anos, em quinze, em que nem sequer pagou impostos.  Ora, o homem que sempre se vangloriou do seu sucesso como empresário das duas, uma: ou não teve qualquer espécie de sucesso, apesar do estilo de vida luxuoso; ou simplesmente esta foi mais uma mentira indecente, ou um conjunto de mentiras indecentes. Seja como for, cai mais uma mancha na presidência de Donald Trump que, mesmo somando indecências atrás de indecências, vai fa

Outras verdades

 Ontem realizou-se o pior debate da história das presidenciais americanas. Trump, boçal, mentiroso, arrogante e malcriado, versus Biden que, apesar de ter garantido tudo fazer  para não cair na esparrela do seu adversário, acabou mesmo por cair, apelidando-o de mentiroso e palhaço.  Importa reconhecer a incomensurável dificuldade que qualquer ser humano sentiria se tivesse que debater com uma criança sem qualquer educação. Biden não foi excepção. Trump procurou impingir todo o género de mentiras, que aos ouvidos dos seus apoiante soam a outras verdades, verdades superiores à própria verdade. Trump mentiu profusamente, até sobre os seus pretensos apoios. O sheriff de Portland, por exemplo, já veio desmentir que alguma vez tivesse expressado apoio ao ainda Presidente americano. Diz-se por aí que Trump arrastou Biden para a lama. Eu tenho uma leitura diferente: Trump tem vindo a arrastar os EUA para lama. Os EUA, nestes árduos anos, tem vindo a perder influência e reputação e Trump é o ma

Normalização do fascismo

O PSD Açores, e naturalmente com a aprovação de Rui Rio, achou por bem coligar-se com o "Chega". Outros partidos como o Iniciativa Liberal (IL) e o CDS fizeram as mesmas escolhas, ainda que o primeiro corra atrás do prejuízo, sobretudo agora que a pandemia teve o condão de mostrar a importância do Estado Social que o IL tão avidamente pretende desmantelar, e o segundo se tenha transformado numa absoluta irrelevância. Porém, é Rui Rio, o mesmo que tem cultivado aquela imagem de moderado, que considera que o "Chega" nos Açores é diferente do "Chega" nacional. Rui Rio, o moderado, considera mesmo que algumas medidas do "Chega" como a estafada redução do Rendimento Social de Inserção é um excelente medida. Alheio às características singulares da região, Rui Rio pensa que com a ajuda do "Chega" vai tirar empregos da cartola para combater a subsidiodependência de que tanto fala, justificando deste modo a normalização que está a fazer de um pa