Israel
é dos países mais bem colocados para dar lições sobre
prepotência. Dúvidas existissem e as mesmas seriam dissipadas com
os mais recentes acontecimentos em torno da construção de novos
colonatos em território palestiniano, à revelia, claro está, das
Nações Unidas.
Ora,
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita, chegou ao ponto de
considerar a resolução das Nações Unidas uma "declaração
de guerra", ameaçando directamente países como a Nova
Zelândia, autores da proposta que condena a construção de novos
colonatos.
Escusado
será dizer que a construção de novos colonatos em território
palestiniano constitui um dos mais significativos óbices à paz na
região. Nesse sentido, a própria ONU tem enfatizado a necessidade
das autoridades políticas israelitas cessaram quaisquer construções
nesses territórios. Recorrendo a verdadeiros exercícios de
prepotência, Israel recusa-se e insiste na construção de
colonatos.
Esta
região conhece, há demasiado tempo, mesmo antes de 1948, uma
instabilidade que tem condenado israelitas e palestinianos. Este novo
exercício de prepotência de um Estado que muitos consideram que só
pode sobreviver no mais absoluto antagonismo com os seus vizinhos,
designadamente com a Palestina, vem contribuir, uma vez mais, para o
adiamento da paz na região.
E
sobre a prepotência, Benjamin Netanyahu
prepara-se para contar com uma ajuda de peso: Donald Trump, que ainda
antes de ser empossado, põe em causa o Presidente Obama, nesta
questão de Israel, como em tantas outras.
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