Certo.
Talvez seja exagero anunciar o princípio do fim, apesar deste
princípio ter como protagonista Donald Trump. Talvez ele nem chegue
a ocupar o lugar durante os quatro anos, com tanto potencial em
matéria de escândalos, irregularidades, ilegalidades e afins.
Talvez.
Seja
como for, a realidade é esta e dói de cada vez que pensamos nela:
Donald Trump é, a partir de hoje, o Presidente dos Estados Unidos da
América. Entre sentimentos de asco e incredulidade, os factos são
estes e teremos - tarefas que não serão exclusivas dos americanos -
de saber lidar com este Presidente.
Com
Obama era fácil, o máximo, ou o pior que poderia acontecer - e até
certo ponto aconteceu - era a desilusão. Com Trump o pior pode
acontecer, simplesmente o pior poder acontecer. E seguramente
acontecerá. Desde as mudanças previstas na famigerada ordem
mundial, passando pelo fim das políticas de Obama sem a existência
de alternativas, culminando na personalidade megalómana que raia o
amiúde o execrável. Pelo caminho os temas mais prementes, como as
questões ambientais, sofrerão uma abordagem perigosa.
Espera-se
uma multiplicidade de retrocessos em áreas tão distintas como a
Saúde, a Educação, o Ambiente ou a própria política externa.
Provavelmente sem exageros, este é o princípio do fim, sobretudo
quando os ditos retrocessos acontecem em matéria ambiental, o que
nos condenará a todos, americanos e não só. Resta lutar, não
sucumbindo à tentação de pensar que agora é assim e nada existe a
fazer. Cabe à sociedade americana não ceder àquilo que rapidamente
se dirá ser a normalidade.
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