Passos Coelho é, e provavelmente
sempre terá sido, um homem sem nada para dizer. Hoje essa inexorável
ausência de ideias é escamoteada com tentativas de elaborar frases
desprovidas de sentido e, como tal, aparentemente enigmáticas.
Primeiro foi o diabo que chegaria em
Setembro, hoje Passos Coelho afirma que não proferiu a referida
frase com qualquer objectivo derrotista. Aliás, a frase que lhe
correu manifestamente mal, foi interpretada erradamente pela
comunicação social.
Agora Passos Coelho, novamente sem
nada de concreto para dizer, decidiu fazer alusões natalícias,
desta feita com recurso aos três Reis Magos. E novamente a frase,
desprovida de sentido, parece cair no registo enigmático. Nada
disso, Passos Coelho simplesmente não tem, como nunca teve nada para
dizer. Como recurso, elabora afirmações subjectivas, anódinas e
amiúde despidas de sentido.
A vida corre mal a Passos Coelho, num
contexto de geringonça funcional com o apoio do Presidente da
República, sem os habituais obstáculos europeus e com sondagens
desfavoráveis; a vida corre mal a Passos Coelho, um homem sem nada
para dizer. Um homem, um político, com os dias, semanas ou meses
contados.
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