Passos
Coelho, líder do maior partido da oposição e anterior
primeiro-ministro não conformado com a sua actual situação,
insiste em dificultar as relações com o Presidente mais popular da
República, comprando uma guerra que nunca poderá vencer. Ora, se
isto não é sinal de inépcia, então tenho dificuldades em
deslindar o que será.
Tudo
se terá agravado aquando das comemorações do dia da Restauração
da Independência, feriado suspenso por Passos Coelho. A sua ausência
das comemorações ganhou particular relevo depois das duras palavras
do Presidente da República, enfatizando o erro que constituiu a
suspensão do feriado em questão. Passos Coelho, ausente, não terá
gostado e, como a sensatez nem sempre parece imperar na R. de São
Caetano, o anterior primeiro-ministro não conformado com a sua
actual situação partiu para o ataque manifestando o seu agrado com
o facto de Marcelo Rebelo de Sousa não ser o líder da oposição.
As
relações difíceis entre líder do PSD e Presidente da República
tem tudo para se agravar e por uma simples razão: Passos Coelho,
isolado e acossado, incapaz de se manter calado, tem vindo a
alimentar a acrimónia que não produz os melhores resultados e
hostilizar alguém como Marcelo é claramente uma péssima ideia.
Com
efeito, resta pouco a Passos Coelho. Tudo lhe corre mal e até a
palavra "Diabo" lhe causa uma náusea indisfarçável. A
sua sorte será o facto do seu lugar não ser propriamente o
mais apetecível, tendo em consideração o sucesso da solução
política construída por António Costa e partidos mais à
esquerda.
Paralelamente,
as instituições europeias aligeiraram as críticas e a necessidade
imperiosa de mais austeridade, exceptuando o Eurogrupo e o inefável
Shäuble, mas os cães ladram a caravana continua a passar.
Por
fim, Marcelo, no auge da sua popularidade, tem dado um forte
contributo para a estabilidade, o que não agrada naturalmente ao
anterior primeiro-ministro não conformado com a sua actual situação.
Tudo corre bem ao país; tudo corre mal a Passos Coelho.
E
porque as coisas não podiam correr pior lá aparece um relatório do
Tribunal de Contas dando conta da gestão desastrosa do Executivo de
Passos Coelho, designadamente no que diz respeito à Caixa Geral de
Depósitos. Problemas de transparência e ausência de controlo por
parte do ministério das Finanças de Maria Luís Albuquerque constam
das críticas, o que obrigou Passos Coelho a dar uma explicação,
optando por falar aos portugueses como se estes tivessem quatro anos
de idade.
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