Passos Coelho voltou a ter um mau dia,
desta feita no primeiro dia de Dezembro. O Presidente da República
não deixou de fazer uma forte e embaraçosa reprimenda ao antigo,
mas não conformado primeiro-ministro, a propósito da retirada do 1
de Dezembro como feriado nacional. A reprimenda foi feita em
comemorações que não contaram com a representação do PSD, sinal
de um isolamento, mas igualmente do ressentimento que assola a Rua de
S. Caetano.
Passos Coelho e seus acólitos
consideraram que a retirada de feriados, incluído os que celebram a
República e a Restauração da Independência davam um contributo
para o aumento da competitividade do país, tal como noutros tempos
se considerava que era no poucochinho que deveria imperar a
parcimónia, para dar o bom exemplo, ao mesmo tempo que a fome do
povo era profusa; tempos em que a palavra “emoção” era
inexistente, trocada por uma falsa promessa de estabilidade. É claro
que Passos Coelho estava errado. Sabemos que há dias em que o melhor
é não sair de casa e, pelo menos neste particular, Passos Coelho
acertou.
Assunção Cristas, por sua vez,
prestou-se à figura ridícula de esquecer o seu próprio passado, o
seu e o do seu partido como membro da coligação que desprezou datas
históricas como a celebrada ontem, associando-se, num exercício de
profunda hipocrisia, à importância da data. Esta saiu de casa, sorridente e radiante, tem
lata para isso e para muito mais.
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