Alepo.
Conhecida cidade síria pelas piores razões. A morte encontrou o seu
habitat natural em Alepo, como noutras cidades sírias.
Entretanto,
um pequeno sinal de esperança num cessar-fogo acordado entre
rebeldes e forças governamentais numa história que conta com heróis
- os habitantes de Alepo -, mas conta também com dois vilões de
peso: os rebeldes, inicialmente apoiados por algumas proeminentes
nações ocidentais e o regime de Bashar al-Assad apoiado pela Rússia
e mais recentemente pela Turquia. O cessar-fogo permitirá a
evacuação de 50 mil civis. Teoricamente.
Nesta
história difícil de contar, sobretudo no século XXI, os vilões
são aqueles que, manifestando um desprezo surreal pela vida humana,
se digladiam ferozmente, transformando boa parte do território sírio
num inferno na terra. Alepo é uma cidade destruída, irreconhecível,
O
cessar-fogo, a ser respeitado, tem um impacto na cidade de Alepo,
ficando por saber o que acontecerá noutras cidades sírias. O
cessar-fogo, a ser respeitado, permitirá aos sobreviventes respirar,
permitirá fazer uma pausa na perpétua fuga aos bombardeamentos e à
morte.
Sabe-se
que ambos os lados do conflito desprezam os civis. As histórias de
horror em cidades como Alepo desafiam a imaginação colectiva e
ninguém parece disposto a um maior envolvimento, sobretudo desde que
a Rússia entrou no conflito.
António
Guterres inicia o seu mandato com este cessar-fogo em Alepo. Um
anódino sinal de esperança. Prova disso mesmo é a denúncia por
parte da ONU da execução de civis por parte das forças
governamentais.
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