O inesperado aconteceu, contra todas as
previsões, contra todas as sondagens que foram, uma vez mais, uma
das grandes derrotadas da noite. Donald Trump é o novo Presidente
americano,
Confesso que levei tempo a conseguir
escrever sobre o assunto, o choque inviabilizou qualquer laivo de
racionalidade que se pudesse traduzir num conjunto de linhas sobre o
assunto.
Estou paulatinamente a recompor-me. Eu
e, acredito, boa parte do mundo.
Será escusado explanar sobre o que se
passou na cabeça do eleitorado americano para escolher um homem
boçal, empresário de trazer por casa, provocador, inepto e
perigoso. Muitos farão esse exercício tornando a repetição
redundante.
Prefiro debruçar-me sobre a
necessidade do Partido Democrata ,que nomeou Hillary Clinton, de
fazer uma profunda reflexão. Hoje muita gente pensará em Bernie
Sanders e como este poderia ter ganho a eleição, mas sobretudo na
forma como Bernie Sanders foi afastado da nomeação para dar lugar a
Hillary Clinton, menos contestatária, que melhor se encaixa num
sistema claramente contestado por quem escolheu Trump para
Presidente. Cabe aos seguidores de Sanders darem algum rumo ao
Partido Democrata que hoje ainda estará a questionar como tudo isto
é possível.
Resta agora um cenário negativo: Trump
como Presidente e um Senado republicano. Pior impossível.
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