No
último ano não chegámos bem lá, ao círculo virtuoso, mas andámos
e andamos perto. Refiro-me naturalmente ao ano de Governação PS
coadjuvado por Bloco de Esquerda, PCP e Verdes.
Contrariamente
ao que se dizia e ainda se diz, pelo menos Passos Coelho e Assunção
Cristas, esta solução que contava com partidos das “esquerdas
radicais” nunca daria qualquer resultado e seria mesmo perigosa.
As
profecias da desgraça estão a cair em saco roto: os indicadores
económicos não só são favoráveis, como surpreendem pela
positiva; as instituições europeias amenizaram o discurso, talvez
por perceberem que a Europa tem problemas muito mais graves do que
Portugal e a solução encontrada pelas esquerdas vai funcionando.
A
única variável nesta equação que revela tibieza é a oposição,
sobretudo a encarnada por Pedro Passos Coelho que insiste num
discurso e numa postura em contra-corrente com os tempos, ficando a
ideia de que este é um homem preparado para estar eternamente à
espera de um diabo que não chega. A CGD não constitui propriamente
o tão almejado Diabo, mesmo com a demissão do seu Presidente.
Até
as sondagens dão indicação dos bons tempos para o Governo,
mostrando elevadas taxas de aprovação dos líderes dos partidos de
esquerda e a consolidação e até crescimento (no caso do PS) das
intenções de voto.
O
Presidente em nada tem contribuído para qualquer instabilidade e
para já apenas tem contribuídos para a hipótese de um círculo
virtuoso.
Não
estaremos exactamente num círculo virtuoso, mas saímos, sem margem
para dúvidas, do círculo vicioso da pobreza, da miséria e da
arrogância.
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