Avançar para o conteúdo principal

As boas notícias de uns são as más notícias de outros

O PIB português cresceu 1,6% no terceiro trimestre (melhor crescimento da Zona Euro) superando todas as expectativas e para melhorar ou piorar, consoante a perspectiva, não há cortes ou suspensão nos fundos estruturais.
Assim se percebe que o PS mais os perigosos partidos da esquerda radical não deram cabo do país, muito pelo contrário. 
As boas notícias de uns, mesmo sendo boas notícias para o país, são ainda assim más notícias para uma oposição em que reina a mediocridade. Desorientados, PSD e CDS percebem que o tal Diabo almejado, afinal, não há meio de chegar.
No caso do PSD, tudo se complica com a liderança de Pedro Passos Coelho ameaçada com uma possível candidatura de Rui Rio. Muito se jogará no próximo período eleitoral. Mas para já, as coisas não estão famosas para os partidos da oposição. 
Recorde-se que os ditos partidos da oposição, sobretudo o PSD, apoiou a sua estratégia na perspectiva de que tudo vai correr mal ao governo português, contando com o ovo no cu da galinha (leia-se uma oposição mais veemente por parte das instituições europeias e, eventualmente, um novo resgate), Passos Coelho jogou tudo no negativismo.
A realidade vem provar que o antigo primeiro-ministro estava e está errado e como a obstinação bacoca não lhe conhece limites, Passos Coelho não muda a estratégia, mesmo perante as evidências. 
Para aqueles que questionam onde fica o interesse do país no meio disto tudo, a resposta é também evidente: na referida parte anatómica da galinha.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Normalização do fascismo

O PSD Açores, e naturalmente com a aprovação de Rui Rio, achou por bem coligar-se com o "Chega". Outros partidos como o Iniciativa Liberal (IL) e o CDS fizeram as mesmas escolhas, ainda que o primeiro corra atrás do prejuízo, sobretudo agora que a pandemia teve o condão de mostrar a importância do Estado Social que o IL tão avidamente pretende desmantelar, e o segundo se tenha transformado numa absoluta irrelevância. Porém, é Rui Rio, o mesmo que tem cultivado aquela imagem de moderado, que considera que o "Chega" nos Açores é diferente do "Chega" nacional. Rui Rio, o moderado, considera mesmo que algumas medidas do "Chega" como a estafada redução do Rendimento Social de Inserção é um excelente medida. Alheio às características singulares da região, Rui Rio pensa que com a ajuda do "Chega" vai tirar empregos da cartola para combater a subsidiodependência de que tanto fala, justificando deste modo a normalização que está a fazer de um pa...

Fim do sigilo bancário

Tudo indica que o sigilo bancário vai ter um fim. O Partido Socialista e o Bloco de Esquerda chegaram a um entendimento sobre a matéria em causa - o Bloco de Esquerda faz a proposta e o PS dá a sua aprovação para o levantamento do sigilo bancário. A iniciativa é louvável e coaduna-se com aquilo que o Bloco de Esquerda tem vindo a propor com o objectivo de se agilizar os mecanismos para um combate eficaz ao crime económico e ao crime de evasão fiscal. Este entendimento entre o Bloco de Esquerda e o Partido Socialista também serve na perfeição os intentos do partido do Governo. Assim, o PS mostra a sua determinação no combate à corrupção e ao crime económico e, por outro lado, aproxima-se novamente do Bloco de Esquerda. Com efeito, a medida, apesar de ser tardia, é amplamente aplaudida e é vista como um passo certo no combate à corrupção, em particular quando a actualidade é fortemente marcada por suspeições e por casos de corrupção. De igual forma, as perspectivas do PS conseguir uma ma...

Mais uma indecência a somar-se a tantas outras

 O New York Times revelou (parte) o que Donald Trump havia escondido: o seu registo fiscal. E as revelações apenas surpreendem pelas quantias irrisórias de impostos que Trump pagou e os anos, longos anos, em que não pagou um dólar que fosse. Recorde-se que todos os presidentes americanos haviam revelado as suas declarações, apenas Trump tudo fizera para as manter sem segredo. Agora percebe-se porquê. Em 2016, ano da sua eleição, o ainda Presidente americano pagou 750 dólares em impostos, depois de declarar um manancial de prejuízos, estratégia adoptada nos tais dez anos, em quinze, em que nem sequer pagou impostos.  Ora, o homem que sempre se vangloriou do seu sucesso como empresário das duas, uma: ou não teve qualquer espécie de sucesso, apesar do estilo de vida luxuoso; ou simplesmente esta foi mais uma mentira indecente, ou um conjunto de mentiras indecentes. Seja como for, cai mais uma mancha na presidência de Donald Trump que, mesmo somando indecências atrás de indecência...