A
imagens de Portugal durante o mês de Agosto variam entre praias
repletas de gente e fogo em todos os distritos, ou quase todos.
Durante décadas a história triste do mês de Agosto repete-se sem
que se consiga debelar um problema que, para além dos custos
materiais, tem um efeito devastador nas populações que sofrem com
os incêndios.
Diz-se
que muito se fez nestes últimos, o próprio primeiro-ministro fez
questão de o afirmar. No entanto, em 2013 o Governo de então
decidiu promover o eucalipto, facilitando a cultura do mesmo, sob a
premissa do costume: maior quantidade de dinheiro no mais curto
espaço de tempo., mesmo que não inteiramente assumido. Resta saber
que impacto é que essa política terá para o país. Assim como
veremos como o facto do incêndio florestal ter deixado de ser, desde
Setembro do ano passado, um crime de investigação prioritário
determinará a gravidade do problema em questão. Uma lei contra o
parecer da própria Procuradoria-Geral da República.
É
também evidente que existem outros factores a pesar na balança,
factores conhecidos por todos. O resultado esse é também ele
sobejamente conhecido: a destruição de bens materiais e o já
referido efeito devastador nas populações afectadas.
O
actual Governo promete um nova reforma para a floresta. Espera-se que
esta seja uma reforma com vista a proteger a floresta ao invés de
atender quase exclusivamente a interesses económicos, como tem sido
prática até aqui. Espera-se que este Governo tenha a coragem de
trazer a política para a sua verdadeira essência: o bem comum.
Contrariamente ao que tem sido prática com a salvaguarda de
interesses de alguns. De resto, os incêndios alimentam negócios de
meios aéreos e madeira queimada. A verdade é que o resultado é
conhecido e repete-se a mesma história triste a cada Agosto que
passa.
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