Bem
sei que falar ou escrever sobre Passos Coelho é um exercício
desnecessário, tal como dedicarmos o nosso tempo a qualquer outra
insignificância. Para além de desnecessário, perder tempo com
Passos Coelho é igualmente penoso, mas enquanto o dito por aí
deambular...
Vem
isto a propósito da última baboseira de Passos Coelho,
classificando a governação de António Costa como "quase
criminosa", que é o equivalente a dizer que a observação de
Passos Coelho é "quase estúpida", quando na verdade é um
verdadeiro hino à estupidez. Há escassos dias o antigo
primeiro-ministro acusava o actual Governo de ter "roubado a
legislatura".
Para
além da falta de nível que se exigiria sobretudo a alguém que até
ao ano passado desempenhava as funções de primeiro-ministro, existe
um desespero e um desnorte, indisfarçáveis.
Na
verdade, Passos Coelho e os seus acólitos estão cansados de esperar
pela tragédia europeia. A geringonça funciona; as sanções demoram
e provavelmente nem virão a ser bem sanções; a tragédia demora, o
desespero torna-se evidente. As autárquicas estão à porta e com
elas a porta de saída para Passos Coelho, a par de um futuro que se
avizinha sombrio.
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