A
questão deve ser dirigida a Passos Coelho. O anterior
primeiro-ministro tem proferido algumas afirmações que podem ser
sintomáticas de problemas de saúde, designadamente no âmbito da
memória.
Sabemos
que o jogo político pode, em alguns casos, ser confundido com
degradação da saúde mental, mas não estou certa que se trata
desse caso. Senão vejamos: Passos Coelho acusou o PS de ser dominado
por um partido de menor dimensão, que corresponde a cerca de 10 por
cento do eleitorado.
Agora
vem a parte mais difícil: então e o que dizer da relação entre
PSD e CDS de Paulo Portas? Será necessário relembrar o episódio do
irrevogável e subsequente ascensão de Portas ao cargo de vice? Quem
é que manobrou quem?
E
o que dizer da relação entre Portas e alguns ministros do PSD? E o
que aferir das consequências dessa relação?
É
caso para ir ao médico. Os problemas de memória de Passos Coelho
são inquietantes e podem indiciar um problema ainda maior. E Passos
Coelho tem que pensar no seu futuro, pelo menos até às autárquicas;
a memória pode fazer-lhe falta.
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