Avançar para o conteúdo principal

Na ausência de argumentos...

Na ausência de argumentos, recorre-se a brincadeiras pueris que degeneram apenas em risos dos seus criadores e pouco mais. Em rigor, não se pode estar à espera que as crianças sejam dotadas de acentuada capacidade argumentativa. Assim, não causará espanto que as mesmas brinquem.
Vem isto a propósito da nova brincadeira/propaganda da JSD, depois do cartaz que retratava Mário Nogueira no papel de Estaline e o ministro da Educação no papel de marioneta, agora é a vez de utilizarem o jogo infantil "Angry Birds", aproveitando também a estreia do filme, para atingirem a "geringonça", da única forma que sabem, ou seja, através de brincadeiras pueris, desprovidas de qualquer conteúdo.
Ironicamente, a legenda do cartaz é precisamente a seguinte: "Portugal não é para brincadeiras de esquerda". Com efeito, não se percebe bem o que a JSD pretende dizer com "Portugal não é para brincadeiras de esquerda". O que se sabe é que o país com as brincadeiras da direita ficou mais pobre, com menos população e com o futuro colectivo seriamente comprometido. O que sabemos é que as brincadeiras da direita resultaram em mais desemprego, miséria e até no incumprimento das metas estipuladas por terceiros - as mesmas que justificavam os sacrifícios. Esse foi o real custo da brincadeira da direita de Passos Coelho, Portas e restante séquito medíocre.
Na ausência de argumentos e portadores de um passado oneroso, a JSD faz os seus trocadilhos e expõe as suas brincadeiras que redundam invariavelmente em mais mediocridade e não raras vezes numa triste ironia que seguramente lhes escapa.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Normalização do fascismo

O PSD Açores, e naturalmente com a aprovação de Rui Rio, achou por bem coligar-se com o "Chega". Outros partidos como o Iniciativa Liberal (IL) e o CDS fizeram as mesmas escolhas, ainda que o primeiro corra atrás do prejuízo, sobretudo agora que a pandemia teve o condão de mostrar a importância do Estado Social que o IL tão avidamente pretende desmantelar, e o segundo se tenha transformado numa absoluta irrelevância. Porém, é Rui Rio, o mesmo que tem cultivado aquela imagem de moderado, que considera que o "Chega" nos Açores é diferente do "Chega" nacional. Rui Rio, o moderado, considera mesmo que algumas medidas do "Chega" como a estafada redução do Rendimento Social de Inserção é um excelente medida. Alheio às características singulares da região, Rui Rio pensa que com a ajuda do "Chega" vai tirar empregos da cartola para combater a subsidiodependência de que tanto fala, justificando deste modo a normalização que está a fazer de um pa...

Outras verdades

 Ontem realizou-se o pior debate da história das presidenciais americanas. Trump, boçal, mentiroso, arrogante e malcriado, versus Biden que, apesar de ter garantido tudo fazer  para não cair na esparrela do seu adversário, acabou mesmo por cair, apelidando-o de mentiroso e palhaço.  Importa reconhecer a incomensurável dificuldade que qualquer ser humano sentiria se tivesse que debater com uma criança sem qualquer educação. Biden não foi excepção. Trump procurou impingir todo o género de mentiras, que aos ouvidos dos seus apoiante soam a outras verdades, verdades superiores à própria verdade. Trump mentiu profusamente, até sobre os seus pretensos apoios. O sheriff de Portland, por exemplo, já veio desmentir que alguma vez tivesse expressado apoio ao ainda Presidente americano. Diz-se por aí que Trump arrastou Biden para a lama. Eu tenho uma leitura diferente: Trump tem vindo a arrastar os EUA para lama. Os EUA, nestes árduos anos, tem vindo a perder influência e reputação ...

Direitos e referendo

CDS e Chega defendem a realização de um referendo para decidir a eutanásia, numa manobra táctica, estes partidos procuram, através da consulta directa, aquilo que, por constar nos programas de quase todos os partidos, acabará por ser uma realidade. O referendo a direitos, sobretudo quando existe uma maioria de partidos a defender uma determinada medida, só faz sentido se for olhada sob o prisma da táctica do desespero. Não admira pois que a própria Igreja, muito presa ao seu ideário medieval, seja ela própria apologista da ideia de um referendo. É que desta feita, e através de uma gestão eficaz do medo e da desinformação, pode ser que se chumbe aquilo que está na calha de vir a ser uma realidade. Para além das diferenças entre os vários partidos, a verdade é que parece existir terreno comum entre PS, BE, PSD (com dúvidas) PAN,IL e Joacine Katar Moreira sobre legislar sobre esta matéria. A ideia do referendo serve apenas a estratégia daqueles que, em minoria, apercebendo-se da su...