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Na ausência de argumentos...

Na ausência de argumentos, recorre-se a brincadeiras pueris que degeneram apenas em risos dos seus criadores e pouco mais. Em rigor, não se pode estar à espera que as crianças sejam dotadas de acentuada capacidade argumentativa. Assim, não causará espanto que as mesmas brinquem.
Vem isto a propósito da nova brincadeira/propaganda da JSD, depois do cartaz que retratava Mário Nogueira no papel de Estaline e o ministro da Educação no papel de marioneta, agora é a vez de utilizarem o jogo infantil "Angry Birds", aproveitando também a estreia do filme, para atingirem a "geringonça", da única forma que sabem, ou seja, através de brincadeiras pueris, desprovidas de qualquer conteúdo.
Ironicamente, a legenda do cartaz é precisamente a seguinte: "Portugal não é para brincadeiras de esquerda". Com efeito, não se percebe bem o que a JSD pretende dizer com "Portugal não é para brincadeiras de esquerda". O que se sabe é que o país com as brincadeiras da direita ficou mais pobre, com menos população e com o futuro colectivo seriamente comprometido. O que sabemos é que as brincadeiras da direita resultaram em mais desemprego, miséria e até no incumprimento das metas estipuladas por terceiros - as mesmas que justificavam os sacrifícios. Esse foi o real custo da brincadeira da direita de Passos Coelho, Portas e restante séquito medíocre.
Na ausência de argumentos e portadores de um passado oneroso, a JSD faz os seus trocadilhos e expõe as suas brincadeiras que redundam invariavelmente em mais mediocridade e não raras vezes numa triste ironia que seguramente lhes escapa.


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