Estou convicta que ser europeísta é,
antes de mais, ser democrata. Eu europeísta me confesso.
Estou há muito tempo zangada com a
União Europeia, precisamente por ter traído o projecto europeu,
mas acredito, ainda acredito, que esse projecto é o garante de paz e
coesão social. Aliás, não consigo imaginar a Europa sem esse
projecto. Eu europeísta me confesso.
Agora é tempo e insistir ainda mais
no aprofundamento da democracia na Europa. Não é tempo para
desistir. Caso contrário, serão as forças que se escondem atrás
das democracias, mas sem perfilharem as suas orientações, que vão
continuar a ganhar terreno, cavalgando na ideia de que a UE é um
alvo a abater. É também desta forma que, apontado mais um inimigo,
esses partidos escondem os vazio das suas propostas, invariavelmente
apoiadas no ódio.
Eu europeísta me confesso.
O problema não está exclusivamente
na UE, muito menos estará no projecto europeu, mas sim naqueles que
o traem e no neoliberalismo transversal.
Há largos anos que me sinto zangada
com a União Europeia, mas agora ainda me sinto mais zangada com a
escolha do Reino Unido.
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