Ainda
Obama não cessou as funções de Presidente dos EUA e já sentimos
saudades, sobretudo quando o que surge no horizonte é um verdadeiro
pesadelo. O mesmo Obama que protagoniza mais um momento histórico na
qualidade de primeiro Presidente em 90 anos a visitar Cuba e como o
Presidente que restabelece as relações entre os dois países. Fica
a faltar Guantanamo. Fica a faltar o levantamento do embargo.
Voltando
aos EUA, curioso país aquele que tanto nos oferece um Obama como um
Trump. Em rigor, não me parece plausível que Trump venha de facto a
ser o próximo Presidente Americano, mas a mera possibilidade é
arrepiante.
Barack
Obama não foi um Presidente consensual (quem o é ou alguma vez o
foi?), ainda conseguiu pelo menos um feito: não piorou a imagem do
seu país, à semelhança dos seus antecessores e, em larga medida,
não terá ido mais longe graças à acérrima oposição
republicana.
Obama
deixa saudades pela pessoa que é, por nunca ter sucumbido à
arrogância de outros presidentes americanos; deixa saudades por
aquilo que ainda poderia ter feito. De facto há ainda tanto por
fazer; e deixa saudades porque o seu sucessor (acredito que seja
sucessora) está muito longe de manter a esperança que a mudança
possa chegar. Com efeito é entre quem não deixará a esperança de
mudança acesa e quem representa um pesadelo vivo que os americanos
terão de escolher. Obama deixará saudades, tantas que já as
sentimos.
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