Mais
de três décadas a marcar a democracia portuguesa, Cavaco Silva não
deixará saudades. Finalmente o dia chegou - o dia da despedida.
Será
escusado enumerar os aspectos negativos da longa carreira política
do homem que nunca apreciou políticos profissionais quando ele
próprio andou tanto tempo na política. Para memória futura ficará
um primeiro-ministro incapaz de aproveitar os tempos das vacas
gordas; ficará uma presidência mesquinha, tantas vezes pueril e
distante dos cidadãos. Paralelamente, Cavaco nem tão-pouco primou
pelas amizades recomendáveis como o caso BPN nos recorda.
No
cômputo geral, é difícil compreender como é que Cavaco Silva se
manteve tanto tempo em cargos políticos, marcando negativa e
indelevelmente a democracia portuguesa, três décadas com um
interregno que, esse sim, deixou saudades.
Todavia,
hoje é dia de celebração. Fecha-se assim um dos piores capítulos
da história política recente - um capítulo recentemente marcado
por histórias e condutas que nada dignificaram a República
Portuguesa.
Quanto
ao novo Presidente, muito haverá para escrever, mas como já referi
anteriormente, hoje é dia de celebração. Hoje é dia de festa.
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