Talvez
nunca venha a ser uma realidade com António Costa à frente do PS,
mas será seguramente um sonho que muitos ainda acalentam,
pese-embora o número crescente de resultados desastrosos dos
partidos socialistas e sociais-democratas por essa Europa fora, os
mesmos que renegaram os seus mais elementares princípios.
E
Marcelo? Não tenho dúvidas que o novo Presidente é um forte
apologista do bloco central, discussão que terá nova relevância
assim que Marcelo tiver acabado de nos passar a mão pela cabeça e
assim que a actual liderança do PSD enfraquecer a par da solução
de esquerda.
O
bloco central não morreu, muito longe disso, poderá ser uma solução
aparentemente afastada do cenário político, mas permanece bem viva
na cabeça de muitos, incluindo na mente de algumas figuras do
próprio Partido Socialista.
Por
enquanto, assistiremos à política-espectáculo de Marcelo, bem
acompanhada pelos afectos. Porém, o novo Presidente apenas aguardará
que as circunstâncias mudem ou, no pior das hipóteses, forjará
novas circunstâncias.
Uma
coisa é certa: o fantasma do bloco central tem um forte adepto na
presidência. Será tudo uma questão de tempo e de oportunidade.
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