O
OE2016 prevê a injecção de 567 milhões de euros nas sociedades
que gerem os activos tóxicos do BPN, dinheiro esse que deve
regressar à Caixa Geral de Depósitos, maior credor.
O
caso BPN e suas graves sequelas continuam a persistir sob um manto de
opacidade inadmissível em democracia. Quanto nos custou o BPN?
Ninguém parece saber, os relatórios do Tribunal de Contas para além
de desfasados, são insuficientes.
A
história do BPN não tem fim. O Estado é chamado todos os anos a
cobrir prejuízo das sociedades que gerem o lixo, pagando igualmente
ao maior credor: a CGD. Entretanto são muitos os que estão ligados
ao BPN, incluindo devedores, que nunca foram chamados às suas
responsabilidades, entre eles figuras conhecidas e apreciadas. E
quanto ao actual Governo, deve ser exigida maior transparência.
Mais
dinheiro para o BPN, para além de profundamente imoral, significa
menos dinheiro para os cidadãos e para as empresas. Percebe-se a
dificuldade do Governo de António Costa: ou injecta dinheiro nas
referidas sociedades ou é a Caixa Geral de Depósitos que fica ainda
em maiores dificuldades. Porém, este é um problema longe de chegar
ao fim e cujos prejuízos recrudescem a cada ano que passa. Para além
das questões judicias (?) é preciso estudar uma solução
financeira e política que permita colocar um ponto final a uma dos
casos mais nauseabundos da história recente portuguesa.
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