O
confisco de bens de valor a refugiados de guerra e pulseiras para os
distinguir de outros seres humanos é mais um sinal de que o projecto
europeu se transformar num absurdo. Mais, a ligeireza com que se
esquece a História de um continente fustigado por ódios é
assustadora, sobretudo quando o projecto europeu terá teoricamente
nascido para combater e eliminar esses ódios.
Não,
é evidente que o esta união de Estados europeus foi tão-só um
projecto mercantilista que beneficiou os países do centro da Europa,
em concreto a alta finança. O que é a moeda única senão uma forma
de facilitar a vida a um punhado de países e aos seus bancos? E
assim continuará a ser, pelo menos por enquanto.
Começa
a ser incomensuravelmente difícil defender o projecto europeu,
sobretudo quando se percebe que não se trata de um projecto de paz e
de coesão social, bem pelo contrário. A forma como se tem lidado
com o grave problema dos refugiados é mais um sintoma de uma Europa
profundamente doente. As lideranças politicas reféns de egoísmos
nacionais nem sequer procuram tratar a Europa que parece querer
continuar velha e decadente.
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