A
tibieza dos debates é indissociável da tibieza dos candidatos.
Exceptuando Sampaio da Nóvoa e Marisa Matias, assistimos a um
chorrilho de acusações e um incomensurável vazio de ideias.
Marcelo,
candidato da comunicação social, procura conquistar votos com o
sorriso e com uma pretensa atitude conciliadora. Não precisa de mais
para ganhar. Ideias é coisa que caiu em desuso.
Restam
os sorrisos.
Maria de Belém procura escapar à sua própria vacuidade, sem sucesso. Confrontada com as suas ligações ao mundo empresarial, procura escapar novamente, e novamente sem sucesso.
Maria de Belém procura escapar à sua própria vacuidade, sem sucesso. Confrontada com as suas ligações ao mundo empresarial, procura escapar novamente, e novamente sem sucesso.
Henrique
Neto ataca sem contemplações, mas a exposição de ideias também
não é com ele. Paulo Morais não consegue ir para além da
corrupção e Edgar Silva tem dificuldade em se destacar da
multiplicidade de candidatos. As excepções são Marisa Matias pela
frontalidade na abordagem dos assuntos mais difíceis e Sampaio da
Nóvoa pela inteligência e pela sensatez.
A
tibieza dos debates contribui para um desinteresse que se
generalizou, sobretudo com a quase vitória de Marcelo Rebelo de
Sousa. Infelizmente continuamos apáticos e dispostos a passar
cheques em branco.
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