O
ex-director-geral dos impostos, Azevedo Pereira, garantiu que existem
famílias portuguesas que não pagam os impostos devidos.
Naturalmente não estamos a falar de famílias comuns, mas antes
daqueles que têm 5 milhões de euros de rendimento anual ou 25
milhões de euros em património. O ex-director-geral dos impostos
avançou também que estas famílias têm efectiva “influência na
legislação" produzida.
O
Bloco de Esquerda quer saber mais sobre o assunto, assim como todos
nós que vivemos diariamente com cenários de desigualdade e somos
confrontados agora com uma das raízes dessa desigualdade que se
agravou incomensuravelmente nos últimos quatro anos.
O
Governo anterior, envolto numa ideologia de trazer por casa,
insistindo em transformar a sociedade portuguesa, promoveu essas
desigualdades em nome do rigor orçamental, da crise, da culpa de se
viver acima das suas possibilidades, das condições meteorológicas,
do que quer que fosse.
O
novo Executivo de António Costa tem a obrigação de combater as
desigualdades, pedra angular do próprio programa de governo, seja
através da educação e ensino superior, seja através do acesso ao
SNS, seja através da redistribuição de rendimentos, mas também do
ponto de vista fiscal, começando desde já a investigar
minuciosamente estas ditas famílias, agindo de imediato e em
conformidade.
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