Quatro
moções de rejeição, correspondentes a cada um dos partidos da
oposição, coadjuvados pelo PAN. Depois de quatro moções de
rejeição, depois do chumbo do Governo de Passos Coelho e Paulo
Portas, o que vai Cavaco Silva fazer?
A
comunicação social insiste nas três possibilidades que se
apresentam, como se todas fossem equivalentes, isto porque não se
pode dizer abertamente que a pior das soluções, na óptica dessa
mesma comunicação social, seria a indigitação de António Costa
com o apoio parlamentar de PCP, PEV e Bloco de Esquerda.
Num
contexto de maturidade democrática, não estaríamos sequer a perder
tempo com suposições; num contexto de maturidade democrática não
assistiríamos com tanta insistência, e por parte de quem tem
responsabilidades políticas, a ouvir argumentos simplistas e
redutores como a história de quem ganha governa – num exercício
que reduz o parlamento a uma autêntica insignificância e a nossa
inteligência a nada.
Infelizmente,
não vivemos num contexto de maturidade democrática, graças em
larga medida a protagonistas como o Presidente da República. Assim,
questionamos, durante o penoso tempo que o Presidente leva a tomar
uma decisão, sobre o que o mesmo vai fazer.
O
Governo de gestão é desastroso; um Governo de iniciativa
presidencial sofreria de muitos dos males que este está a sofrer.
Resta, por conseguinte, a escolha de uma solução de esquerda.
E agora Cavaco Silva?
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