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Surpresas

Antes e durante o período eleitoral o país, aos olhos dos ilustres membros e apologistas da coligação PàF, caminhava a passos largos para a recuperação; o país estava bem e recomendava-se. Sem programa eleitoral digno desse nome e com um passado repleto de incompetência, ignomínia e mentiras, a coligação preferiu apontar direcções a um futuro esplendoroso.
Todavia, a história está longe de ser aquela que foi contada antes e durante a campanha eleitoral e muitas surpresas se avizinham. A primeira já chegou: a devolução da sobretaxa vai ser afinal ridiculamente menor do que aquela anunciada antes e durante a campanha eleitoral. Ou seja, os funcionários públicos vão receber muito menos do que o prometido - facto conhecido desde Fevereiro, mas convenientemente escondido. Mas mais do que se esconder, mentiu-se. É simples, mentiu-se, mais uma vez mentiram.
E o que nos espera do BES ou de outros bancos? E haverá ou não aumento de custos com as PPP's? E em que estado está a Caixa Geral de Depósitos?

As surpresas poderão ser profusas, o que levanta a seguinte questão: poderá o país passar por um Governo de gestão? Espera-se que o Presidente da República tenha a capacidade de ver o filme na sua totalidade e colocar de lado preconceitos bacocos e ressentimentos pueris. De resto, só dessa forma se respeitará a democracia.

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