Cavaco
Silva pediu a Passos Coelho que promova "diligências" que
assegurem a formação de um Governo. E agora? Como é que expoentes
máximos da arrogância (no PSD e no CDS) vão fazer em minoria,
forçados a procurar compromissos? Como é que estes partidos vão
procurar compromissos quando toda a porcaria virá agora ao de cima:
inexistência de receitas com potenciais privatizações, aumento de
custos com PPPs, o enorme problema do BES e a incapacidade de atingir
as metas a que se comprometeram, designadamente no que diz respeito
ao défice? O BES e não cumprimento da meta do défice com as
penalizações conhecidas pelas instituições europeias vão
rebentar no colo de Passos Coelho e Portas.
Como
é que o Partido Socialista poderá viabilizar as políticas
desastrosas do PSD/CDS? Como é que será possível fazê-lo sem
ficar simultaneamente colado à direita e ao desastre?
Ninguém
sabe, mas tudo cheira a efémero e a bafio. Pelo caminho teremos as
instituições europeias a condicionar as políticas, lembrando o
elefante na sala que estes mesmos partidos preferiram ignorar na sua
campanha eleitoral. Esse elefante tão ignorado é conhecido por Euro
e não se cansa de fazer estragos, mesmo que poucos o tenham
reconhecido, sobretudo na campanha eleitoral.
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