O
novo Executivo de Passos Coelho é simplesmente deprimente e
sintomático de um Governo a prazo, a muito curto prazo. Deprimente
por ver tantas vezes as mesmas caras e por ver novas (velhas) com
passados intrinsecamente ligados ao pior que o país tem para
oferecer como é o caso do BES. Em 2013 o novo ministro da
Administração Interna, Calvão da Silva, atestou a idoneidade de
Ricardo Salgado que serviu de defesa junto do Banco de Portugal. O
agora ministro sustentou a sua tese na peregrina ideia da importância
da solidariedade na sociedade, referindo-se à famosa prenda de 14
milhões que Ricardo Salgado recebeu de um empresário. Podia ser uma
piada, mas não é. Seja como for, a pessoa em questão será agora
ministro de um dos governos de menor duração da história da
democracia portuguesa.
Deprimente
será também ver aquele conjunto de pessoas tomarem posse para
desempenharem funções efémeras, tudo isto porque o Presidente da
República insiste em viver com um desfasamento de mais de 40 anos.
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