A
igualdade, designadamente a igualdade de oportunidades, é
característica central da democracia e um dos caminhos para essa
igualdade é a ascensão social. Infelizmente, os últimos quatro
anos e meio foram marcados por retrocessos também neste particular.
A aposta no ensino privado, enquanto o ensino público é alvo de
cortes sem precedentes, é paradigmático do desprezo que este
Governo demonstrou ter pela necessidade de se garantir que todos têm
as mesmas oportunidades, independentemente do contexto
sócio-económico.
Existe
uma multiplicidade de razões para não desejar uma reeleição de
Passos Coelho de Paulo Portas, a igualdade de oportunidades é apenas
mais uma que se insere na degradação da própria democracia.
Numa
campanha em que as ideias e as verdadeiras intenções são relegadas
para segundo plano, importa ter presente o trabalho que tem sido
feito por aqueles que apenas têm inépcia e uma lata incomensurável
para mostrar.
Por
outro lado, ao invés de se discutir, até à exaustão, o programa
do PS, seria importante relembrar este aspecto em particular e
colocar a seguinte questão: queremos viver numa sociedade
profundamente desigual? E se sim, será possível acreditar que essa
mesma sociedade comporta em si mesma qualquer perspectiva de
desenvolvimento e futuro?
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