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Os números do desemprego

Um dos temas da actualidade política pré-campanha eleitoral tem sido o desemprego, aliás, tema que perpassou toda a legislatura, com particular ênfase nos últimos anos. Os número que o Governo usa como fruto do seu sucesso estão - como se sabia - muito longe da realidade.
Eugénio Rosa, num estudo da CGTP, põe a nu a realidade atroz dos verdadeiros números do desemprego. Assim verifica-se que mais de 500 mil desempregados não entram nas listas, ficando de fora dos números mágicos com os quais o governo faz mais um número de propaganda política absolutamente desfasada da realidade. Se essas pessoas que estão fora da lista contassem como verdadeiros desempregados (que são), a taxa de desemprego em Portugal atingiria os 22 por cento.
Este ´é o número real. Porém, este é um número que não interessa ao Governo preocupado em ganhar eleições, pese embora o ainda primeiro-ministro tenha manifestado estar-se "nas tintas" para as ditas eleições.
Serve o estudo de Eugénio Rosa para alertar os mais incautos, apesar de existir sempre quem prefira ignorar estes factos, preferindo antes render-se à voz colocada do primeiro-ministro.

Com efeito, impõe-se a frase de Orwell no famoso livro 1984: "Teve a curiosa sensação de não se tratar de um autêntico ser humano, mas uma espécie de manequim. Não era o cérebro do homem que emitia ideias; era a laringe que emitia sons. O que saía da boca eram palavras, mas não era fala no verdadeiro sentido; era um barulho sem consciência, como o grasnar dum pato".

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