Vale
tudo, vale mesmo tudo. Incluindo anular desempregados sem aviso
prévio - uma anulação que conta com os subterfúgios do costume:
correio que não chega atempadamente, forma errónea de notificar os
interessados, excesso de notificações.
É
assim mesmo: o Instituto de Emprego e Formação Profissional
continua a anular desempregados que já perderam o subsídio de
desemprego e que se vêem assim privados de aceder a apoios ao
emprego, a estágios e às reformas antecipadas.
Os
Provedores de Justiça já avisam há anos para a referida situação.
É
escusado referir o facto destes desaparecimentos e anulações
servirem os interesses daqueles que já tentaram fazer da alegada
redução do desemprego matéria para campanha eleitoral. O que
releva de toda esta problemática é, uma vez mais, o desprezo que o
Estado mostra ter em relação aos seus cidadãos - um desprezo
incompatível com a própria democracia a somar a tantos outros
exemplos e que, num contexto de normalidade, seria razão mais do que
suficiente para afastar um Governo.
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