As
"Linhas de Orientação Geral para a Elaboração do Programa
Eleitoral da coligação PSD/CDS não traz rigorosamente nada de novo
e resume-se em poucas palavras ao seguinte: a coligação pretende
continuar no rumo do empobrecimento, mas um empobrecimento que nunca
perde de vista a responsabilidade. A coligação tem a ousadia de
incluir no documento em epígrafe a seguinte frase: "Portugal no
Caminho Certo - o Legado"... e por aí fora.
Por
entre enganos com a meta do défice e as duras cores que dominam as
linhas orientadoras - azul (mar) e o já habitual verde -; entre
promessas de melhorar o funcionamento do Estado, a qualificação, as
questões demográficas; a competitividade das empresas; o equilíbrio
das contas públicas; a diminuição da dívida (é difícil
continuar sem nos perdermos numa gargalhada); o fortalecimento do
Estado Social (é sério, está escrito preto no branco); a criação
de emprego e a defesa do Estado de Direito as linhas orientadoras
foram apresentadas e subsequentemente ofuscadas pela saída de um
treinador de futebol de um clube para outro.
De
qualquer modo, a pobreza continua como pedra angular da coligação.
As linhas orientadoras representam mais do mesmo, ou seja a
continuidade do empobrecimento e a evidente transformação do país.
Se
isto pode de alguma forma ser ratificado pelos cidadãos, não restam
dúvidas que o país precisa de ajuda, não económica ou financeira,
mas psicológica.
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