As negociações entre a Grécia e as
instituições europeias e simultaneamente credores não têm corrido
particularmente bem e encontram-se invariavelmente envoltas em
polémica. E porquê? Porque pretensamente existem divergências a
afastar as partes e a comprometer um desfecho para as negociações.
Existe, com efeito, uma divergência e que se traduz na clamação
por parte das referidas instituições por mais austeridade –
austeridade até ao último estertor do moribundo.
Especificamente as instituições
exigem a subida do IVA em produtos como medicamentos e eletricidade;
flexibilização (ainda mais) da legislação laboral;
desaparecimento de alguns apoios sociais e redução do equivalente
grego ao Rendimento Social de Inserção; mais cortes em salários e
pensões. Ou seja, austeridade até à morte.
O Governo Grego rejeita estas
possibilidades, tendo para o efeito traçado linhas vermelhas. O povo
grego mantém-se junto do seu governo – facto que exaspera a casta
grega e europeia.
Não sabemos qual o desfecho desta
triste história, mas sabemos já que o projecto europeu é
espezinhado, dia após dia.
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