Não
devo ser a única pessoa ansiosa pelos períodos eleitorais que se
avizinham, designadamente pelas presidenciais por haver já uma
certeza: com a consumação desse acto eleitoral, o país vê-se
livre do Presidente Cavaco Silva.
Depois
de andar em campanha eleitoral pela coligação e após toda uma
legislatura marcada pelo apoio a essa mesma coligação, a recta
final da sua presidência continua marcada por afirmações
desnecessárias. Primeiro sobre a venda da TAP e sobre o alívio
presidencial subsequente. Depois sobre a Grécia e sobre uma pretensa
superioridade de alguém que se deleitou com o resgate, que se calou
perante a vergonha do BPN, que ajudou a criar a imagem de um banco
sólido - o BES e que durante o resto do tempo serviu apenas de
muleta ao Governo na tarefa de empobrecimento do país.
Contam-se
os meses até às presidenciais porque existe a certeza de que o país
deixará de ter Cavaco Silva como Presidente da República. Cavaco
Silva aproxima-se do fim do seu mandato alegando ter o "ego mais
do que satisfeito" e sentir-se no "máximo", em
sentido diametralmente oposto ao país. Pior é difícil.
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