O
que se diz daquele que se mostra incapaz de aprender com os seus
próprios erros? Para não correr o risco de baixar o nível do que
por aqui se escreve, evitemos então o recurso a quaisquer
adjectivos, deixando a pergunta em aberto.
Pese
embora o país tenha tremido com a proposta que implicava mexidas na
Taxa Social Única, o primeiro-ministro recupera a polémica
afirmando a necessidade de reduzir os custos do trabalho para as
empresas. A ideia parece ser a de reduzir a TSU para as empresas sem
que isso implique aumentos para os trabalhadores. Resta saber como
fazê-lo sem colocar em causa a sustentabilidade da Segurança
Social. A julgar pela inabilidade política de Passos Coelho, a
explicação da medida não evitará dissabores para o PSD. O CDS
procura afastar-se da posição adoptada pelo ainda
primeiro-ministro.
Ora,
um homem cujo passado pessoal está repleto de fantasmas manifesta
uma incrível dificuldade em deixar o passado em paz, mesmo aquele
que lhe foi acentuadamente prejudicial. Recorde-se que a mexida na
TSU implicou manifestações inauditas no país, pondo em causa a tão
adorada estabilidade política.
Ao
relembrar a polémica, Passos Coelho, afundado na mais abjecta
inépcia, ofereceu uma prenda à oposição. Então não é que o
primeiro-ministro parece querer recuperar o momento mais periclitante
da legislatura a parcos meses de eleições? Melhor impossível.
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