Esta
legislatura que se aproxima do seu fim tem sido marcada por
trapalhadas onerosas para a própria democracia, indissociável da
confiança dos cidadãos nas suas instituições. Os últimos dias
têm sido marcados pela última trapalhada de Passos Coelho: o não
pagamento de contribuições à Segurança Social, as explicações
subsequentes, a vitimização e a arrogância do costume.
Antes
desta, tivemos o famigerado caso da Tecnoforma, pouco ou nada
esclarecido.
Mas
mais grave tem sido a política levada a cabo pelo Executivo de
Passos Coelho; graças a essa política, despida de qualquer
sensibilidade social, verifica-se que Passos Coelho e o seu séquito
estão pouco aptos a governar o que quer que seja. Mais grave do que
as trapalhadas que apenas vêm confirmar uma hipocrisia sem
precedentes, é a política que transformou o país nos últimos
quatro anos.
Ora,
é difícil compreender como é que um Governo liderado por um
conjunto de misantropos pode estar à frente dos destinos do país.
Em regimes não democráticos ainda se compreende que exista um
desprezo pelos cidadãos - pela esmagadora maioria dos cidadãos.
Deste modo, o que resta da política em contexto democrático?
Esse
desprezo e essa misantropia devem ser as principais razões que
subjazem às críticas ao Governo de Passos Coelho. O
resto - às trapalhadas - só vêm confirmar que estas pessoas não
reúnem
condições para estar à frente dos destinos de qualquer país.
Apesar de tudo, merecemos melhor do que isto e é tão fácil
encontrar melhor do que isto que temos tido nos últimos quase quatro
anos.
Porém,
o
senhor que se segue - António Costa, acompanhado pelo velho PS -
está muito longe de constituir
a alternativa que se exige. Para além das chinesices,
Costa mostra ter dificuldades em lidar com a comunicação social,
raiando a deselegância. E como será quando for primeiro-ministro?
A
nossa resistência à mudança custa-nos muito caro.
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