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Portugal é admirado

O Presidente da República afirmou que Portugal é “admirado na cena internacional”, tudo graças aos esforços dos portugueses. Um bom exemplo dessa admiração internacional é a classificação de Portugal no índice Bloomberg que coloca o nosso país em 10º lugar no ranking das economias mais miseráveis (num total de 51 países). Não haverá melhor reconhecimento do que aquele que nos coloca entre os mais miseráveis.
Cavaco Silva é mais um tem uma fé inabalável nos mercados, pese embora exista uma multiplicidade de razões que podem ser apontadas para justificar a variação nas taxas de juro, algumas sem sequer conterem resquícios de racionalidade.
O pior Presidente da história da democracia portuguesa recorre a todo o tipo de artifícios para escapar às questões verdadeiramente importantes. Cavaco Silva foge dessas questões como o Diabo foge da cruz. Sobre a conduta de Passos Coelho o Presidente mostrou-se anódino e inconsequente, como de resto é habitual. Um contraste claro com a veemência que utilizou para criticar as pretensas falhas da Grécia.
De facto, tem sido graças ao beneplácito do Presidente da República que o Governo tem tido toda a margem para transformar o país. Paralelamente, e nem tão-pouco as provas de que este Governo mais não é do que um conjunto de desavergonhados parecem ser suficientes para colocar um ponto final neste triste episódio da história da democracia portuguesa.

Assim, Cavaco Silva considera aceitável o comportamento amoral (mais um) de Passos Coelho e chuta a responsabilidade de uma hipotética demissão para a Assembleia da República. A hipocrisia associada à cobardia e à pequenez do costume. Pior do que isto é, simplesmente, impossível.

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