A
revista Visão e o Diário de Notícias voltam ao assunto, revelando
novos dados sobre a famigerada lista VIP - a tal que não existia; a
tal que o Governo garantiu não existir; a mesma que não encontra
qualquer lei que a suporte.
Sabe-se
agora que a lista - a mesma que não tinha qualquer existência -
contém apenas quatro nomes: Cavaco Silva, Passos Coelho, Paulo Porta
e Paulo Núncio. Seria interessante saber o porquê de existirem
apenas quatro nomes e os quatro nomes acima referidos. Porquê
aqueles em particular? Na ausência de explicação, as respostas
ficam subjugadas às conjecturas e à imaginação. De resto, não
será difícil perceber a razão de existirem apenas aqueles
contribuintes na referida lista que afinal até existe. O Governo e
os senhores contribuintes de 1ª classe que fazem parte da lista
esperam que o assunto morra rapidamente, como de resto tem sido
apanágio do país. A ministra das Finanças foge do assunto,
comportando-se como alguém que não tem quaisquer responsabilidades
no assunto e manifestando a arrogância do costume sempre de mãos
dadas com a opacidade que caracteriza quem se está nas tintas para
os cidadãos.
É
evidente que a transparência e a confiança - valores essenciais na
democracia - não merecem particular consideração por quem está a
desempenhar cargos de representação política no
Governo.
Em
suma este
conjunto
de
senhores que vive na mais abjecta arrogância representa
o
povo que, para mal dos nossos pecados, o escolheu e, desse modo, deve
a esse mesmo povo consideração, transparência e, no caso em
apreço, explicações.
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