O
Partido Socialista, na pessoa do seu secretário-geral António
Costa, promete apresentar alternativas ao país, acusando o Governo
de fazer o país retroceder décadas - 15 anos em "termos
económicos" e "20 anos ao nível do desemprego".
Quanto à promessa de apresentação de alternativas, elas serão
tímidas, se é que se poderá falar verdadeiramente de alternativas.
O PS português, à semelhança de outros por essa Europa fora, estão
presos a um sistema que dá a primazia aos negócios, deixando para
segundo plano as pessoas e as ideias.
Por
conseguinte, não se esperam verdadeiras alternativas, sobretudo num
contexto de aceitação dos ditames europeus. Assim, a margem é
pequena e a vontade não é maior. Podemos esperar - sentados - por
verdadeiras alternativas vindas do PS. Essa ausência de alternativas
tem custos, como também se tem verificado um pouco por toda a
Europa.
Quanto
ao retrocesso a que o país tem vindo a ser sujeito, não restam
dúvidas e António Costa tem razão em falar desse retrocesso,
embora se esqueça convenientemente que muito do que tem sido
aprofundado pelo actual Executivo, começou precisamente com o um
governo socialista liderado por José Sócrates. No entanto, será
difícil encontrar tanta política nefasta aliada a uma
incomensurável dose de incompetência (e mentiras) como se verifica
com o Executivo de Passos Coelho, o que não impedirá que uma
percentagem significativa de votantes depositem a sua confiança no
PSD. A realidade consegue ser verdadeiramente absurda. Desconfia-se
que mesmo que o país tivesse sofrido um retrocesso de 100 anos,
existiria sempre quem insistisse em confiar no actual Executivo e no
PSD e CDS.
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