Até pelo menos dia 25 deste mês a
Grécia estará sujeita à chantagem que apenas vem envergonhar uma
Europa sem rumo.
Alemanha; países como Portugal,
incapazes de se livrar da canga da dívida, cujos responsáveis
políticos chegam a ser mais papistas do que o papa; povos
amedrontados e lançados para o obscurantismo e para a ignorância;
comunicação social servil e manietada – todos estão presentes no
que toca ao exercício triste da chantagem.
Vale tudo, ou quase tudo; vale tudo,
menos uma vitória do Syrisa, da esquerda “radical”, enfim, dos
que ousam apresentar alternativas à morte lenta a que a Europa se
sujeitou. Vale tudo, menos uma vitória dos que não se calam perante
as injustiças gritantes dos poderes instalados: da banca, da banca,
sempre da banca.
Vale tudo menos uma vitória da
democracia, isto porque o conceito minimalista de democracia que
agrada aos mercados e aos seus lacaios não inclui naturalmente quem
põe em causa o funcionamento terrorista desses mesmos mercados.
Democracia? Só aquela que lhes interessa. Até 25 de Janeiro valerá
tudo e, porém, quem sabe, a democracia dos povos pode ainda assim
dar um arzinho da sua graça.
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