A
luta que o Syrisa tem pela frente encontra paralelo com a História
bíblica. Por outras palavras, talvez mais dentro do contexto em
questão, a luta de Alexis Tsipras, novo primeiro-ministro grego,
será hercúlea.
As
lideranças europeias encontram-se presas à ditadura da austeridade,
mesmo com algumas tímidas excepções. De um modo geral, nem
socialistas, nem sociais-democratas encetam qualquer esforço para
combater a receita imposta pela Alemanha - uma receita que todos
reconhecem ter falhado.
É
neste contexto que Tsipras encontrará dificuldades assinaláveis e é
também neste contexto que o novo primeiro-ministro grego deve contar
com o apoio de todos aqueles que não se revêm numa Europa que
prende os povos à austeridade sem limites - a tal receita falhada.
De resto, o Syrisa já recebeu apoios claros que partidos como o
Podemos espanhol e outros apoios mais tímidos de partidos um pouco
por toda a Europa. Os poderes instalados estão preparados para
exercer pressão e tudo fazer para que o Syrisa falhe. Em bom rigor,
um hipotético falhanço do Syrisa abre as portas a outros falhanços
de partidos que ameaçam o status quo como é precisamente o Podemos
espanhol.
Todavia
e tal como na história referida em epígrafe, no fim da história é
David a vencer, contra todas as expectativas e com uma pontaria
excepcional e talvez com a ajuda de alguém inesperado. Assim
esperamos. Talvez assim possamos... voltar a ter esperança no
futuro.
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