O
atroz ataque ao jornal satírico francês Charlie Hebdo toca-nos a
todos – a todos os que defendem a liberdade de imprensa e a
liberdade de expressão. A ofensiva que resultou na morte de 12
pessoas é um ataque claro às várias formas de liberdade que fazem
parte das democracias. Agora é precisamente tempo de não abdicar de
nenhuma dessas formas de liberdade, agora é tempo de reforçá-las.
Todavia,
este ataque atroz resultará também num fortalecimento dos discursos
xenófobos que caracterizam algumas forças políticas europeias,
designadamente em França com a Frente Nacional encabeçada por
Marine Le Pen.
É
precisamente nestas alturas difíceis que medram as ideias mais
simplistas e generalistas. O grau de receptividade será
incomensuravelmente maior depois do que aconteceu ontem no Charlie
Hebdo.
Espera-se
ainda assim que o bom senso seja mantido e que a luta contra esta
forma de extremismo se faça com inteligência, imaginação,
mantendo aquilo de tão positivo que nos caracteriza: o amor pela
liberdade, mas também a igualdade e a fraternidade. É também desta
forma que se honrará os nomes daqueles que em nome da liberdade
perderam as vidas num ataque abjecto que nos toca a todos.
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