O logro é prática comum nos últimos
anos, sobretudo ao longo da última década de governação
socialista e social-democrata com o apêndice CDS. Mas há um que tem
sido exposto pelos partidos mais à esquerda do PS: os números do
desemprego.
Então não é que o Banco de Portugal
vem dar razão a esses partidos que sempre questionaram os números
do desemprego? Segundo o Banco de Portugal, o emprego criado - real -
fica muito abaixo da propaganda oficial
Assim, os 6 por cento de aumento no
sector privado, são na realidade uns meros 2,5 por cento e dentro
deste número entram os famigerados estágios O número real
cifra-se nos 1,6 por cento.
As discrepâncias são explicadas com
alegadas razões metodológicas. Sempre é preferível falar-se em
razões metodológicas do que em mentira e na verdade é mesmo disso
que se trata: de mais um mentira vinda de um governo que isoladamente
se gabava dos números relativos à criação de emprego, mesmo
quando um dos responsáveis da troika mostrava a sua admiração com
os números do desemprego e criação de emprego em Portugal - as
suas interrogações assentavam na desconfiança relativamente a
esses resultados milagrosos.
Estes números do Banco de Portugal
aproximam-se mais da realidade, embora fora da equação fique a
questão da precariedade que subjaz à criação dos parcos empregos.
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