Vladimir Putin reconheceu a existência
da crise económica russa, admitindo que a resistência à
diversificação da economia estará subjacente às dificuldades
presentes. Putin abordou a questão das sanções impostas e à
descida significativa do preço do petróleo como outros elementos
subjacentes à crise económica.
Deste modo, ficou feito o resumo das
causas da crise que está a assolar a economia russa. De fora do
discurso de Putin ficou a corrupção e o próprio regime oligárquico
como elementos indissociáveis da crise russa. É evidente que Putin,
o homem que encabeça a oligarquia, não está disposto a relacionar
os homens que dominam o país e o descalabro da economia russa.
Por outro lado, as difíceis relações
com o Ocidente, que se agravaram com a questão ucraniana, trazem
novas dificuldades que vão para além das próprias sanções
impostas pelo Ocidente. Importa contudo lembrar que o afastamento da
Rússia começa nos anos Bush com o abandono dos EUA de tratados como
o tratado de mísseis, a construção de um escudo anti-míssil na
fronteira russa levada a cabo pelos EUA, empurrando a NATO para essa
mesma fronteira. Estes avanços apenas contribuíram para o
afastamento da Rússia e não serão evidentemente alheios à própria
crise económica.
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