Passos Coelho, entre membros do seu
partido, referiu que não necessita do CDS para ganhar eleições.
Isso é que é confiança. O ainda primeiro-ministro que enfrenta
dentro de meses legislativas mostra-se convencido que vai ganhar as
eleições.
Com efeito, o pior político é aquele
que não vê as evidências; o pior político é aquele que se mostra
incapaz de percepcionar os sentimentos dos seus cidadãos,
Passos Coelho demonstra viver
absolutamente desfasado da realidade e essa realidade - a do
desemprego, do trabalho precário, do enfraquecimento do Estado
Social, do menosprezo pelos cidadãos; dos cortes salariais e de
pensões e da venda do país - cair-lhe-á em cima precisamente no
próximo período eleitoral. Com o CDS ou sem o CDS.
Passos Coelho sempre se mostrou
incapaz de perceber que é sempre possível fazer mais e melhor pelos
cidadãos. É preciso querer; é essencial existir vontade política.
Passos Coelho não quis e não quer. Não faz parte do seu ideário e
seguramente não fará parte da sua personalidade. É tão simples
quanto isso.
As forças de mercado, a crise, os
compromissos não explicam tudo - são inúmeros os exemplos disso
mesmo. Passos Coelho não quer ver e, pior, não quer que os cidadãos
se apercebam que é possível fazer muito mais e melhor. Passos
Coelho ficará na História como a antítese dessa possibilidade.
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