Do Congresso do Partido Socialista
ficou a ideia de que o PS poderá procurar alianças à esquerda, em
oposição a hipotéticas alianças à direita. O Livre afigura-se
como sendo o principal parceiro do Partido Socialista.
Para Costa, pouco interessam os nomes
- Pedro ou Rui -, não descartando inexoravelmente o diálogo com
todos os partidos, ficou porém a ideia de que a existir alianças
estas serão cozinhadas à esquerda do Partido Socialista, alianças
com aqueles que rejeitam as políticas que têm sido seguidas pelo
actual Governo. E desta forma o PS procura encostar à parede os
partidos à sua esquerda, colando aqueles que rejeitam alianças à
ideia de mero protesto, sem vontade de participar numa solução
política.
Ora, compreende-se a relutância dos
partidos à esquerda do PS. Desde logo, porque não há, até ao
momento, uma definição por parte da nova liderança do PS em
matérias centrais como por exemplo a dívida e uma possível
reestruturação da mesma. É impossível pensar-se em alianças com
quem ainda não se definiu. Depois, sobra a questão do eleitorado
desses partidos mais à esquerda que pugnam por soluções de
ruptura, soluções essas que não são perfilhadas pelo Partido
Socialista.
Quanto ao Livre há quem defenda que
uma possível aliança entre este jovem partido e o PS possa
contribuir para "puxar" o PS à esquerda. Talvez. Para já,
o Livre corre riscos, sobretudo o de afastar quem procura soluções
de ruptura e de ser ofuscado pelo PS. Seja como for, a política,
como tantas outras coisas na vida, também é feita de riscos.
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