A um ano de eleições e com um
Governo moribundo, mas desesperado por viver mais quatro anos, o
antigo primeiro-ministro, José Sócrates, será a figura mais
presente, embora paradoxalmente ausente. A retórica do
endividamento, a alegada irresponsabilidade e despesismo serão o
apanágio dos próximos tempos. De fora, ficará a própria
responsabilidade que PSD e CDS tiveram na solução troika que
condenou o país à mais absoluta insignificância. Essa
responsabilidade não será suficientemente explorada por uma
comunicação social agarrada a um conformismo arrepiante.
Assim, os fantasmas do passado,
explorados e empolados, terão presença garantida no período
pré-eleitoral marcado também por um inexorável desgaste do
Executivo de Passos Coelho e de Paulo Portas.
Com efeito, nada mais resta aos
partidos da coligação que formam o Governo: Sócrates e as alegadas
irresponsabilidades que levaram o país à falência. Quanto às
responsabilidades do ainda primeiro-ministro e comparsa de coligação,
essas ficam de fora da equação.
Sócrates tudo justificou e tudo justifica. Sócrates um primeiro-ministro que cometeu erros, que esteve longe de qualquer socialismo democrático, mas que ainda assim não é responsável pelos fins dos tempos como Passos Coelho e Paulo Portas insinuam e afirmam - estes sim são os verdadeiros responsáveis por uma solução que lhes permitiu introduzir as transformações sociais tão almejadas. O resultado está à vista: um país empobrecido, sem resquícios de força, endividado e esquecido do conceito de futuro.
Sócrates tudo justificou e tudo justifica. Sócrates um primeiro-ministro que cometeu erros, que esteve longe de qualquer socialismo democrático, mas que ainda assim não é responsável pelos fins dos tempos como Passos Coelho e Paulo Portas insinuam e afirmam - estes sim são os verdadeiros responsáveis por uma solução que lhes permitiu introduzir as transformações sociais tão almejadas. O resultado está à vista: um país empobrecido, sem resquícios de força, endividado e esquecido do conceito de futuro.
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