Mais uma vez António José Seguro foi
incapaz de evitar fazer acusações ao seu adversário António
Costa, recorrendo para tal a afirmações pouco dignificantes como
terá sido o caso da acusação de que António Costa estaria a ver
“o país da janela da autarquia”.
António Costa, por sua vez, mostra-se
incapaz de proceder às clarificações tão necessárias para se
fazer a destrinça entre candidatos à liderança do PS, preferindo
insistir num registo de aparente prudência. Deste modo, Costa
mantém-se na senda de protelar qualquer definição, sobretudo no
que diz respeito a temas centrais como a dívida. Neste particular,
Seguro mostrou melhor preparação, referindo a necessidade de
mutualização da dívida, mas ainda assim dificilmente se consegue
livrar de um registo absolutamente anódino e até mesmo inócuo. Um
refugia-se no calendário – a dívida a seu tempo – e fala em
fisioterapia da economia e o outro refere a necessidade de “honrar
compromissos, mas sem atingir os mesmos”. Ou seja, nada de novo
De qualquer modo, este segundo debate
representou uma melhoria acentuada em relação ao anterior que se
havia reduzido a um infeliz exercício de troca de acusações e,
ainda assim, continua a saber a tão pouco.
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