António José Seguro propõe, através
de linhas gerais, a redução do número de deputados. Não há
certezas quanto à proporcionalidade, ainda assim suspeita-se que
esta não será uma boa ideia para os pequenos partidos e para a
própria democracia.
Seguro quer acentuar as suas pretensas
diferenças relativamente ao seu opositor António Costa, cavalgando
na ideia generalizada de um elevado número de deputados associado
invariavelmente a benesses difíceis de compreender, sobretudo em
tempos de privação.
O próprio PS ainda antes de saber
qual o seu líder já procedeu a um agendamento no Parlamento para
debater a redução do número de deputados. António Costa
demarca-se dessa ideia e da própria posição do PS.
Com efeito, a ideia de reduzir
deputados agradará a muitos insatisfeitos com o sistema político,
mas coloca em causa a pluralidade que se exige em democracia, com o
enfraquecimento dos pequenos partidos políticos. A ideia não é
nova e reveste-se de demagogia. Paralelamente pode criar novas
desilusões no eleitorado do PS que vê assim o enfraquecimento dos
partidos à esquerda do PS.
António Costa faz bem em se
distanciar desta proposta. Não será a mesma a melhorar o sistema
político e o risco de diminuir os partidos políticos com menor
representação na Assembleia da República é acentuado.
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