A semana política tem sido marcada
por um lado pela amnésia do primeiro ministro pelo menos no que diz
respeito a pagamento relativamente a pagamentos recebidos há 14
anos, pagamentos não declarados, pagamentos que ainda estão por
explicar. Cartas reveladoras. Recorde-se que este mesmo
primeiro-ministro impôs uma inflexibilidade total no que diz
respeito a impostos, não só aumentando a carga fiscal, como também
perseguindo os mais cidadãos. Há escassas semanas ouvimos a
ministra das Finanças vangloriar-se com o facto deste Governo ter
conseguido resultados excepcionais no combate à fuga e invasão
fiscais. Seria interessante ouvir a opinião da ministra das Finanças
sobre o problema do primeiro-ministro, o tal de que ele não se
lembra.
Por outro lado, o PS aproxima-se de
uma clarificação. Pelo caminho a ainda liderança do partido ficou
refém da inacção dos últimos três anos a que se juntou,
sobretudo nas últimas semanas, um desespero indisfarçável por
parte de António José Seguro. Se Seguro sair derrotado no próximo
dia 28 de Setembro, poderá encontrar a explicação nas últimas
duas frases deste texto.
Entre a amnésia e o desespero, esta
tem sido uma boa semana para António Costa que é bem capaz de
ganhar o partido e o país sem se sequer se esforçar.
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